Os Papéis

Os papéis Segundo Américo Gomes (2016, p. 11), os papéis foram os primeiros habitantes de ilha de Bissau.

A hipótese mais aceita, segundo o autor, baseia-se na tradição oral e faz precederos papéis, habitantes de Bissau, aos biafadas. Segundo esta tradição, Mecau, filho de umrei de Quinara, andando à caça, chegou à ilha de Bissau. Gostou muito do lugar e resolveuaí instalar-se. Trouxe, depois, as suas seis esposas e também a sua irmã mais velha, jácasada. A irmã garantia-lhe a sucessão, de acordo com o costume matriarcal, segundo oqual é o sobrinho, filho da irmã mais velha e não o filho do rei, quem sucede ao trono. Mecauseria, pois, o primeiro rei de Bissau.Da sua irmã e das seis mulheres ter-se-iam originado as sete gerações(clãs) da etnia papel.Pungenhum, a irmã de Mecau gerou o clã Intchassu, no plural Bissassu, donde se teriaoriginado o nome Bissau. De fato, este clã ainda hoje habita na cidade de Bissau. Gomesdiz que os indivíduos desta geração se diziam bravos como a onça e por isso escolheram oapelido Nanque. Hoje tambémusam o apelido Ié. Ocupavam posições de mando: eram reis,fidalgos oudjagras mala. Uma das seis mulheres, gerou o clã Intsó (plural: Bitsó) que povoouBandim. As pessoas desta geração escolheram como totem o sapo – Có –porque sededicavam à agricultura, andavam metidos na água como os sapos. Intsoma outra mulher,gerou o clã Indjokomo, no plural Bidjokomo, que povoou o alto Crim. Tinham como totem ahiena – Cá – pois eram destemidos guerreiros, atacavam como as hienas.Djokom, a terceiramulher, gerou o clã Intsafinte, no plural Bitsafinte, que povoou Safim. Usavam como totem alebre –Té –pois diziam-se matreiros como a lebre. Kliker, a quarta mulher, originou o clã Iga,no plural Biga, que povoou Kliker (atualmente Calequir). Esta geração escolheu como totema cabra do mato – Sá –pois afirmavam serem rápidos como este animal. Intende, a quintaesposa, gerou o clã Intsutu, no plural Bitsutu, que povoou Mindara. Usavam como totem otimba ou urso formigueiro – Djô. Finalmente, Intchopolo, a sexta mulher, gerou o clã Intsalé(plural: Bitsale) que foi para Bissalanca. Esta geração escolheu como totem o macaco – Indi–pois eram hábeis para subir às palmeiras e extraírem o vinho de palma. Dos locais ondeviviam estes clãs, expandiram-se depois para todos os pontos da região, sem discriminaçãoterritorial. (GOMES, 2016, p.11).De acordo com Gomes era considerado incestuoso o casamento entre indivíduos do mesmoclã ou geração (em crioulo, djorson) e, por isso, o casamento tinha de ser exogâmico, isto é, entre indivíduos de clãs diferentes. Quanto aos apelidos, inicialmente eles eram os dageração da mãe, mas mais tarde passaram a ser usados os da geração do pai. OdeteSemedo (2010) diz que os portugueses pagaram tributo aos régulos papeis até finais doséculo XIX, altura em que impuseram o pagamento dos impostos de cabeça e de palhotaaos nativos. Segundo a autora, o nome dessa etnia estaria ligado ao relacionamento difícilcom o colonizador. Os habitantes da ilha de Bissau, muito rebeldes, nunca quiseram pagarimpostos de palhota e de cabeça impingidos pelos colonizadores e sempre que recebiam anotificações de pagamento, levavam o ‘o papel’ diretamente à administração, reclamandoserem eles filhos do chão (terra) e por isso não deveriam pagar nada. Assim, sempre que oshomens apareciam, os brancos exclamavam: “aí vêm os homens do papel! ”.

E o nome ficou Revista África e Africanidades – Ano XI – n. 26, abr. 2018– ISSN 1983-2354www.africaeafricanidades.com.brRevista África e Africanidades – Ano XI – n. 26, abr. 2018– ISSN 1983-2354www.africaeafricanidades.com.br

Quem passou essa informação para Odete Semedo foi a tia Maria Nank, uma das suas informantes. Na língua local (papel) esse grupo se autodomina ussau; os papéis de Biombose autodenominam yum.

O significado e as razões que sustentam o casamento tradicional (k´mari) entre os papéis da Guiné-Bissau De acordo com Có (2010), o ritual de passagem mais importante das mulheres papéis é ocasamento tradicional (k´mari) e espera-se que toda mulher dessa etnia passe por ele.Segundo Einararsdottir (2004), caso a mulher não passe pelo casamento tradicional papel,não será devidamente enterrada, o que acarreta consequências negativas durante a vida eaté após a morte. O marido (ou o seu herdeiro)3, ou qualquer homem que tenha pago o preçoda noiva por uma mulher é responsável por realizar ‘a cerimônia de bater o bombolom’ (tocatchur) para ela. Sem a realização desta cerimônia, segundo a autora, a alma de uma mulhernão poderá se instalar no outro mundo.9 O casamento tradicional (k´mari) pode mais tarde ser reforçado ou não com o casamentocivil, dependendo da decisão dos noivos. Uma mulher casada deve ser enterrada na casade seu marido (morança) e ele deve providenciar tudo que for necessário, como o véutradicional de noiva, fabricado em pano de pente (pano di penti)4, coveiros, esteiras(ondjenzsem)5para a realização desta cerimônia fúnebre. Có (2010) diz que é o sonho detodas as mulheres papéis, terem um ritual fúnebre especial que demonstre a sua grandezae respeito perante a sociedade papel.Ainda segundo Einararsdottir (2004), o marido (ou seu herdeiro) herda pertences particularesda finada, tais como vestimentas e ornamentos, armazenados em sua mala. SegundoBomebu, uma de nossas entrevistadas, uma das principais razões que sustentam a práticado casamento tradicional para as mulheres papéis “é deSeguir os ancestrais […], e quando a mulher papel não se casa tradicionalmente éconsiderada como ‘ninguém’, sem respeito. Elas se casam certamente para garantir esserespeito na família e na sociedade”, pois deixam de ser badjuda e/oum´pili (menina ou moça)e passam a ser mindjer e/ou neguine (mulher).As seis mulheres entrevistadas estão casadas no tradicional (K´mari) e nenhuma delas estácasada no civil6, nem no islamismo ou mesmo no cristianismo. Das seis, cinco casaram delivre vontade e uma foi forçada pelos seus pais. Vale notar que as mais novas, as que vão à escola, nem sempre aceitam se casar com o homem escolhido pelos pais eparentes (casamento arranjado) e há quem defenda que nunca se deve forçar uma filha ase casar com um homem que ela não gosta Quando perguntadas sobre as principais consequências do casamento tradicional, tantopara aquelas que são forçadas a casar tradicionalmente como para suas famílias asrespostas variam. Umas dizem que tem consequências positivas e outras dizem que temconsequências negativas. A Bomebu, por exemplo, diz que a mulher deve escolher o marido,“mas as vezes dá certo quando o noivo é escolhido pelo pai da noiva”.Tem consequências negativas porque se a mulher for forçada para casar, após o casamento elapode recusar e voltar com o seu namorado [escolhido por ela]. Nesse caso ela não poderá casarcom o seu namorado no k´mari porque casamento tradicional é só uma vez e se por ventura a mulhertiver filho com o namorado, esse filho vai pertencer ao marido tradicional. (ABIRO UEN LO).De uma maneira geral, a verdade é que algumas mulheres fogem antes ou depois docasamento. Das que fogem, umas conseguem dar continuidade aos seus estudos e outrosprojetos de vida. Entretanto, uma vez na escola, há aquelas que acabam ficando grávidasprecocemente, seja com colegas da escola ou não. Das que não fogem, umas casamdevidamente e preferem acreditar que com o tempo vão aprendendo a amar o maridoarranjado. Vejamos o que diz umas das entrevistadas da Junina: “Tive sorte, estive casadacontra a minha vontade e meu casamento é bom “.De fato, os pais com mais frequência do que as mães preferem arranjar homens de suaconfiança a se casarem com a filha, mas as meninas que escolhem seus próprios maridosnem sempre são tão sortudas, pois elas podem descobrir que seu marido é um feiticeiro, ouela acabar não gostando da família do marido. Quando perguntadas as nossas entrevistadasno que consiste o casamento tradicional, as falas das nossas entrevistadas foram quaseunânimes e muitas delas afirmaram que consiste em seguir a tradição dos ancestrais egarantir respeito na sociedade e na família que um jovem migrou para o Senegal ou para o interior da Guiné-Bissau a fim de ganhar odinheiro necessário para financiar o preço de noiva (EINARARSDOTTIR, 2004, p 35). Pela sua importância, vejamos como a Bomebu, nossa entrevistada, fala das principaisetapas do casamento tradicional: para dar à família da menina. O noivo João e vários parentes da linhagem do seu pai, foi atéo apartamento da noiva para buscá-la. A autora acrescenta que no ato da cerimônia docasamento a noiva sentou-se de joelhos na frente do Irã (espírito) e em seguida o João foibuscá-la. O noivo e sua família despiram a noiva e em seguida o João veste à noiva (bistimindjer) com um pano de pente. A noiva foi levada para sua aldeia, mais um porco, umagalinha, um cão foi abatido e deixado com sua família, juntamente com o vinho. Joninaprossegue dizendo que a noiva permaneceu no quarto com uma anciã, que ungiu a noivade óleo de palma vermelha no peito e só quando as festividades e todas as cerimôniasterminaram é que ela tomou banho e tirou um pouco de cabelo da noiva.No geral, segundo as nossas entrevistadas, as mulheres papéis sonham e/ou desejam secasar tradicionalmente para seguir os seus ancestrais e garantir respeito na sociedade, umavez que a mulher passa a assumir um papel importante na sociedade. A verdade é que sóa partir do momento em que a mulher se casa é que começa a participar dos momentos decisórios na comunidade. Rituais fúnebre diferenciado entre mulheres casadas e não casadastradicionalmenteA etnia papel da Guiné-Bissau, valoriza as tradições culturais no que diz respeito à realizaçãoda cerimônia fúnebre, tanto para os homens assim como para as mulheres. Em seu trabalho,Có (2010) nos traz à tona duas questões: como é realizada esta cerimônia? E, por quê éque todas as pessoas, sobretudo as mulheres, preferem ter ritual ao seu agrado? No textocitado o autor procura dar mais ênfase no protagonismo àquele que consegue geralmentecumprir com todas as fases exigidas. Daí que o autor fala de Ondjenzsem(cerimônia fúnebrede uma pessoa casada) eOnbamssam (cerimônia fúnebre de uma pessoa não casada). Aosolhos da sociedade, segundo Có (2010), a cerimônia das pessoas (homens e mulheres) quenão cumpriram o ritual de k´mari, não é realizada com grande protagonismo tal como comaquelas que conseguiram cumprir com esse ritual. Quando uma pessoa casada no k´mar, morre é sacrificada uma cabra, e o sangue dessa cabra e a farinha de arroz da terra sãoderramados no túmulo da pessoa falecida.Carlos Humberto Butiam Có diz que é o sonho de praticamente todas as mulheres papéisterem um ritual fúnebre digno e especial para demonstrar a sua grandeza e respeito perantea sociedade papel.As nossas entrevistadas são unânimes em reconhecer a importância de se fazer umadiferenciação entre o ritual fúnebre das mulheres casadas e não casadas tradicionalmente.Segundo elas, é feita essa diferenciação da cerimônia fúnebre para mostrar que a mulhercasada tem mais respeito em relação à não casada tradicionalmente, por isso a casadatradicionalmente é enterrada de um modo mais especial, no ato dessa cerimônia é usada aesteira ondjenssem na cova e para as não casadas é usada a esteira mais simples chamadaombanssam.A mulher casada tradicionalmente tem mais respeito na sociedade.

Rituais fúnebre diferenciado entre mulheres casadas e não casadastradicionalmenteA etnia papel da Guiné-Bissau, valoriza as tradições culturais no que diz respeito à realizaçãoda cerimônia fúnebre, tanto para os homens assim como para as mulheres. Em seu trabalho,Có (2010) nos traz à tona duas questões: como é realizada esta cerimônia? E, por quê éque todas as pessoas, sobretudo as mulheres, preferem ter ritual ao seu agrado? No textocitado o autor procura dar mais ênfase no protagonismo àquele que consegue geralmentecumprir com todas as fases exigidas. Daí que o autor fala de Ondjenzsem(cerimônia fúnebrede uma pessoa casada) eOnbamssam (cerimônia fúnebre de uma pessoa não casada). Aosolhos da sociedade, segundo Có (2010), a cerimônia das pessoas (homens e mulheres) quenão cumpriram o ritual de k´mari, não é realizada com grande protagonismo tal como comaquelas que conseguiram cumprir com esse ritual. Quando uma pessoa casada no k´mar

O ritual fúnebre dessa mulherserá feito de um modo especial, usando uma esteira, chamadaondjenssem e depois de cobrir a covaquebram o pote feito de barro para demonstrar que a mulher foi casada em vida. Já o ritual fúnebreda mulher que não passou pelo k´mari é feito de uma forma simples.

No passado não se usava nadana cova, mas hoje em dia depende da decisão de quem está dirigindo o ritual fúnebre. Caso seja doconsentimento do mesmo, o oficiante da cerimônia põe a esteira por de baixo do corpo chamadaonbamssam. (BONHONIN).Segundo Jonina Einardosttir (2004), é considerado vergonhoso para os pais ter que enterraruma filha solteira e ‘não adulta’ (badjuda). Uma mulher papel que nunca se casoutradicionalmente (k´mari) será tratada como uma menina solteira, ou seja, badjuda,independentemente de ser mãe ou não. Além disso, as filhas de uma mulher solteira não,podem casar de acordo com o a tradição cultural papel. Jonina nota que as mães não só sepreocupam com os casamentos de suas filhas, mas também com o de seus filhos, pois paraos papéis os principais ritos de passagem são o fanado (para os homens) e o k´mari (paraas mulheres). A Abiro Uenlo, a Ndjimé e a Bomebu, nossas interlocutoras, defendem que énecessária a realização do casamento tradicional da mulher depois de morta, isso caso emvida a defunta não tenha sido casada tradicionalmente. O que acontece é que caso a mulherpapel não se case tradicionalmente, seja em vida ou não, caso tenha filhos (as), os mesmosnão poderão se casar tradicionalmente.Se uma mulher não for casada, caso tenha filho (as), não poderão casar-se porque a mãenão casou-se tradicionalmente. É com base nisso que é necessária a realização docasamento tradicional da mulher depois da morte. Isso faz com que os filhos se preocupemcom a realização do casamento da mãe depois da morte. Assim, permitindo que a futuramãe tenha acesso também à cerimônia fúnebre especial de casadas. (BOMEBU).O casamento tradicional (k´mari) desempenha um papel considerável para as mulheres dasociedade papel. A mulher só passa a ser respeitada a partir do momento em que passa pelo casamento tradicional e o papel do k´mari seria o de atribuir à mulher cidadania,dignidade e respeito na sociedade.

O casamento tradicional tem grande papel e importância, de modo que com o casamentovocê ganha respeito na sociedade e lugar de prestígio, por exemplo, em algumas cerimôniassó podem participar os casados a entrada dos solteiros naquele recinto é barrada. (NDJIMÉ).Einarsdottir (2004) afirma que uma mulher papel que nunca se casou de acordo com ocostume ritual de seu povo, será tratada como uma menina solteira, a chamada (badjuda),por toda a sua vida, mesmo que ela tenha filhos. Além disso, as filhas de uma mulher solteiranão podem casar de acordo com a tradição cultural papel. A aliança matrimonial legitimadapela tradição, segundo uma de nossas entrevistadas, desempenha um papel relevante nareprodução social da sociedade papel, que se transmite de geração para geração.O papel do matrimônio na reprodução social da etnia papel é muito importante, de modo queas mulheres seguem a tradição dos ancestrais, dos seus pais que passa de geração parageração, reproduzem o mesmo ritual assim sucessivamente. Até na situação da morte antesdo sepultamento e feito o matrimônio tradicional da mulher que em vida não conseguiu secasar tradicionalmente, para que possa permitir a continuidade dessa reprodução.(BONHONIN).As entrevistadas também afirmam que o casamento tradicional contribui para a educaçãodas mulheres, pois trata-se de um rito de passagem. Elas dizem que os ensinamentosrecebidos durante o processo ritual do casamento contribuem positivamente para a boaconvivência entre marido e mulher, pois “os anciões aconselham a noiva a ser uma boamulher, a respeitar e ponderar o marido. ” (BIKINHO´RI)O casamento tradicional contribui na educação, porque no ato do casamento os anciãoseducam em forma de conselho, entre os quais tratar bem o marido, sempre seguindo ospassos do marido e não o ultrapassar, etc. Por outro lado, se no caso a mulher não secontentar com qualquer ação do marido, ela deve chamar os anciões para fazer uma reunião.(NDJIMÉ).Quando perguntadas se achavam que existem mudanças do jeito que o casamentotradicional era feito antes para como é feito hoje em dia e se essas mudanças alteraram ovalor do casamento tradicional (K´mari), as respostas variaram. Muitas reconhecem que ocasamento tradicional tem passado por mudanças consideráveis, mas algumas acreditamque não mudou tanta coisa.Tem mudança sim, porque nos tempos mais remotos no ritual de casamento as mulheres tiravamcabelo e ficavam careca, ficavam só dentro do quarto para servir o marido, não saíam nem para irao mercado, e se ungiam com azeite de dendê durante um ano, mas agora essa prática não éverificada. (BOMEBU).A Bonhonin, uma de nossas interlocutoras, afirma que essas mudanças alteram o valor docasamento tradicional (k´mari).Antigamente as mulheres raspavam todo cabelo e ficam carecas, mas nos dias de hoje só tiram umpouco de cabelo. Isso não é normal. Em um casamento tradicional (k´mari) a mulher deve tirar todocabelo para que o ritual se torne completo. Porque raspar todo cabelo significa que a noiva está sedespedindo do cabelo de menina (badjuda). Após o casamento cresce novo cabelo, já de mulhercasada (mindjer). (BONHONIN).
brA afirmação da Bonhonin faz sentido, pois em processos rituais de muitas tradições culturais,em especial nos ritos de passagem, o corte de cabelo é “como sinal externo de separação[…] indicando a entrada no período preliminar” (SUBUHANA, 2001, p.52). O corte de cabeloda noiva papel indica a sua separação e/ou saída da sua família para a família do noivo.Segundo Pires (2013) o cabelo que nascerá estará representando a nova relação familiarque está se iniciando.A festa do casamento tradicional (k´mari), de uma maneira geral, “é uma festa muitodivertida” (BONHONIN).Durante a festa parentes e amigos dançam, brincam e muitas vezes é consumida muita bebida emuita comida. Na festa os amigos e familiares dançam, brincam e é comprada muita bebida e muitacomida. A minha em particular foi uma festa muito divertida. Eu estava muito feliz. Casei durante agravidez do meu filho primogênito. (BONHONIN) Quando perguntadas se o casamento (k´mari) ocorreu do jeito que elas gostariam que fossee com o homem que gostariam de se casar, cinco (5) responderam que, de fato, foi com omarido que gostariam que fosse. Uma respondeu que foi contra a sua vontade, pois ela secasou com um marido arranjado pelos pais.Sim foi do jeito que eu gostaria que fosse e foi com o marido que de fato gostaria que fosse porque era o meu namorado desde adolescência. (BONHONIN)